Na última edição do fórum económico de Davos, houve três conferências – sim, três – dedicadas ao fator “felicidade” como um elemento essencial para conseguir retomar o crescimento. Julia Novy-Hildsley fala sobre esta questão no blogue do Fórum Económico Mundial.
A teoria da gestão emocional dos países, das organizações, das empresas ou dos seres humanos não é propriamente uma novidade. Mas alcança um novo protagonismo quando os modelos do século XX se desmoronam, quando a recessão chegou para ficar, quando as escolas de negócios se perguntam em que momento determinaram que o fator emocional não tinha de fazer parte da formação dos profissionais que tomaram as decisões que nos levaram à crise mais profunda da era moderna.
Sugiro que ouça Shawn Achor, um investigador profundamente ligado à Universidade de Harvard que estuda o estreito vínculo entre a felicidade e o êxito. A , o fórum e portal que dá voz às mentes que inspiram o mundo (pode escolher o idioma das legendas).
Achor defende que é a felicidade que nos conduz ao êxito e não o inverso. O especialista investiga esta relação há anos. Chegou ao ponto de analisá-la em conjunto com a conta de lucros e perdas de uma empresa, com o objetivo de provar que investir na felicidade é uma forma de aumentar os benefícios. O “caso” é explicado neste artigo que publicou na Harvard Business Review, “O Dividendo da Felicidade”.
Todos concordamos que um dos ativos principais das empresas é a sua força humana. O desafio está em investir na satisfação das equipes para assegurar o talento, para manter os níveis de motivação, expectativa e criatividade elevados no meio das transformações, incertezas e dificuldades que atingem tantas organizações atualmente.
Enquanto nos esforçamos por atingir este objetivo, deixo-lhe outra palestra da organização TED, desta vez em formato de conversa de café – mais breves, mais informais e nas quais o interveniente deve desenvolver uma única ideia. Aconselho a palestra de Arianna Huffington, uma líder com uma componente emocional muito marcada. Ser mais eficiente e apresentar as melhores ideias não depende de uma agenda muito ocupada, mas sim de ter uma mente muito liberta.
Elena Sáchez
Directora de Transformación de PRISA